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O maior iceberg do mundo está à deriva no Oceano Antártico.

Atualizado: 18 de ago.

o iceberg A23a. / Samuel J Coe
o iceberg A23a. / Samuel J Coe

O iceberg A23a, atualmente o maior do mundo, está novamente à deriva após décadas preso no fundo do mar de Weddell, na Antártida. Com uma área de aproximadamente 3.900 km², cerca de oito vezes o tamanho de Porto Alegre e uma espessura média de 400 metros, o colosso de quase um trilhão de toneladas retomou seu movimento em direção ao norte.


Um gigante em movimento

Formado em 1986 após se desprender da plataforma de gelo Filchner-Ronne, o A23a permaneceu encalhado por mais de 30 anos. Em 2020, começou a se mover lentamente, mas ficou preso em um fenômeno oceanográfico conhecido como coluna de Taylor, que o manteve girando no mesmo local por meses. Recentemente, o iceberg se libertou dessa coluna e agora está sendo levado por correntes oceânicas e ventos em direção ao Atlântico Sul, seguindo uma rota conhecida como "beco dos icebergs".


O A23a tem mais de 1.500 kilómetros quadrados. / Juergen Brand
O A23a tem mais de 1.500 kilómetros quadrados. / Juergen Brand

Impactos no ambiente marinho

Cientistas do British Antarctic Survey (BAS) estão monitorando de perto o deslocamento do A23a para avaliar seu impacto no ecossistema marinho. À medida que o iceberg se move por águas mais quentes, seu derretimento pode liberar grandes quantidades de água doce e nutrientes no oceano, influenciando a vida marinha local e os ciclos de carbono.


Pesquisadores já coletaram amostras de água ao redor do iceberg para estudar essas possíveis alterações.


Aquecimento global em foco

Embora o derretimento de icebergs seja um processo natural, o aquecimento global tem acelerado o desprendimento e a movimentação dessas gigantescas massas de gelo. O caso do A23a destaca a importância de monitorar e compreender as mudanças nos padrões de gelo marinho e suas implicações para o meio ambiente global.


Fonte: People



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