Vigorexia em Jovens: Como Identificar os Sinais e Proteger a Saúde dos Seus Filhos
- thacianamariani

- 5 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jul.

A vigorexia, também conhecida como transtorno dismórfico muscular ou síndrome de Adônis, é uma condição psicológica caracterizada pela obsessão com a musculatura corporal e uma percepção distorcida da própria imagem. Indivíduos afetados acreditam estar fisicamente inferiores ou insuficientemente musculosos, mesmo quando possuem uma constituição muscular desenvolvida.
Sintomas Comuns da Vigorexia:
Insatisfação Corporal Persistente: Percepção distorcida do corpo, levando à crença de que não são suficientemente musculosos.
Exercícios Físicos Excessivos: Prática intensa e prolongada de atividades físicas, frequentemente ignorando sinais de fadiga ou lesões.
Uso de Substâncias: Consumo de anabolizantes e suplementos alimentares para acelerar o ganho de massa muscular.
Dietas Rigorosas: Adesão a regimes alimentares extremamente restritivos, focados no aumento de massa muscular.
Impacto Psicológico: Sentimentos de inferioridade, ansiedade, irritabilidade e possíveis quadros depressivos devido à insatisfação com a própria imagem.
Consequências Potenciais:
A vigorexia pode levar a sérios problemas de saúde, como insuficiência renal ou hepática, doenças cardiovasculares e distúrbios hormonais. Além disso, o uso indiscriminado de anabolizantes aumenta o risco de câncer de próstata em homens e pode causar infertilidade em mulheres. Socialmente, a obsessão pela musculatura pode resultar em isolamento e prejuízos nas relações interpessoais.
Identificando Sinais em Jovens:
Pais e responsáveis devem estar atentos aos seguintes comportamentos que podem indicar vigorexia em adolescentes:
Preocupação Excessiva com a Aparência: Foco intenso na musculatura e insatisfação constante com o próprio corpo.
Rotinas de Exercícios Extremas: Dedicação excessiva à musculação, mesmo diante de cansaço ou lesões.
Alterações Alimentares: Adoção de dietas restritivas ou uso exagerado de suplementos sem orientação profissional.
Isolamento Social: Abandono de atividades sociais ou hobbies em prol de treinos e preocupações estéticas.
Mudanças de Humor: Irritabilidade, ansiedade ou depressão relacionadas à percepção corporal.
Abordagem e Tratamento:
O tratamento da vigorexia requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo:
Psicoterapia: Terapia cognitivo-comportamental para corrigir distorções de autoimagem e promover autoestima saudável.
Acompanhamento Médico: Avaliação e monitoramento de possíveis complicações físicas decorrentes do transtorno.
Orientação Nutricional: Educação alimentar para estabelecer hábitos saudáveis e equilibrados.
Moderação na Atividade Física: Readequação das rotinas de exercícios para níveis seguros e sustentáveis.
É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais da vigorexia, proporcionando suporte adequado e buscando intervenções precoces para garantir o bem-estar físico e mental dos jovens.
Fontes das informações:
Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP)
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
Artigos científicos publicados no Journal of Adolescent Health
Ministério da Saúde



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