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Vigorexia em Jovens: Como Identificar os Sinais e Proteger a Saúde dos Seus Filhos

Atualizado: 11 de jul.

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A vigorexia, também conhecida como transtorno dismórfico muscular ou síndrome de Adônis, é uma condição psicológica caracterizada pela obsessão com a musculatura corporal e uma percepção distorcida da própria imagem. Indivíduos afetados acreditam estar fisicamente inferiores ou insuficientemente musculosos, mesmo quando possuem uma constituição muscular desenvolvida.


Sintomas Comuns da Vigorexia:

  • Insatisfação Corporal Persistente: Percepção distorcida do corpo, levando à crença de que não são suficientemente musculosos.


  • Exercícios Físicos Excessivos: Prática intensa e prolongada de atividades físicas, frequentemente ignorando sinais de fadiga ou lesões.


  • Uso de Substâncias: Consumo de anabolizantes e suplementos alimentares para acelerar o ganho de massa muscular.


  • Dietas Rigorosas: Adesão a regimes alimentares extremamente restritivos, focados no aumento de massa muscular.


  • Impacto Psicológico: Sentimentos de inferioridade, ansiedade, irritabilidade e possíveis quadros depressivos devido à insatisfação com a própria imagem.


Consequências Potenciais:

A vigorexia pode levar a sérios problemas de saúde, como insuficiência renal ou hepática, doenças cardiovasculares e distúrbios hormonais. Além disso, o uso indiscriminado de anabolizantes aumenta o risco de câncer de próstata em homens e pode causar infertilidade em mulheres. Socialmente, a obsessão pela musculatura pode resultar em isolamento e prejuízos nas relações interpessoais.


Identificando Sinais em Jovens:

Pais e responsáveis devem estar atentos aos seguintes comportamentos que podem indicar vigorexia em adolescentes:

  • Preocupação Excessiva com a Aparência: Foco intenso na musculatura e insatisfação constante com o próprio corpo.


  • Rotinas de Exercícios Extremas: Dedicação excessiva à musculação, mesmo diante de cansaço ou lesões.


  • Alterações Alimentares: Adoção de dietas restritivas ou uso exagerado de suplementos sem orientação profissional.


  • Isolamento Social: Abandono de atividades sociais ou hobbies em prol de treinos e preocupações estéticas.


  • Mudanças de Humor: Irritabilidade, ansiedade ou depressão relacionadas à percepção corporal.


Abordagem e Tratamento:

O tratamento da vigorexia requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo:

  • Psicoterapia: Terapia cognitivo-comportamental para corrigir distorções de autoimagem e promover autoestima saudável.


  • Acompanhamento Médico: Avaliação e monitoramento de possíveis complicações físicas decorrentes do transtorno.


  • Orientação Nutricional: Educação alimentar para estabelecer hábitos saudáveis e equilibrados.


  • Moderação na Atividade Física: Readequação das rotinas de exercícios para níveis seguros e sustentáveis.


É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais da vigorexia, proporcionando suporte adequado e buscando intervenções precoces para garantir o bem-estar físico e mental dos jovens.


Fontes das informações:

  • Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP)

  • Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)

  • Artigos científicos publicados no Journal of Adolescent Health

  • Ministério da Saúde



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