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Unhas em Gel: Proibição na Europa e o Impacto nos Salões do Brasil

A União Europeia proibiu substâncias usadas em esmaltes em gel a partir de setembro de 2025. Entenda como isso pode afetar os salões de beleza no Brasil.


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O que aconteceu na Europa?


No dia 1º de setembro de 2025, entrou em vigor na União Europeia a proibição de dois compostos químicos,TPO (Trimethylbenzoyl Diphenylphosphine Oxide) e DMTA (Dimethyltolylamine), presentes em muitos esmaltes em gel. Esses ingredientes foram classificados como nocivos à saúde reprodutiva, levando à retirada imediata dos produtos que os contenham do mercado europeu.


A decisão não elimina o esmalte em gel como um todo, mas obriga fabricantes a reformularem suas linhas para garantir a segurança dos consumidores.


Motivações da Medida e Riscos à Saúde


  • TPO e DMTA como riscos à saúde: Essas substâncias foram associadas, em testes com animais, a alterações testiculares, redução da fertilidade e efeitos adversos no desenvolvimento fetal.


  • Classificação CMR 1B: A atribuição dessa classificação reforça a gravidade dos riscos, exigindo medidas regulatórias preventivas.


  • Retirada total do mercado europeu: A partir de agora, estes ingredientes não podem mais ser vendidos, distribuídos ou mesmo usados, incluindo produtos em estoque ou já abertos.


Impactos no Setor da Beleza

  • Adaptação dos salões: Profissionais devem buscar produtos seguros e atualizar equipamentos de cura (lamparinas UV/LED) conforme às novas normas.


  • Inovação na indústria: Marcas de renome, como CND e OPI, já lançaram linhas reformuladas, livres de TPO e DMTA, mantendo a qualidade e a segurança.


  • Consciência estética em alta: Nos desfiles de moda, celebrou-se a tendência "Nude Look", tons neutros e sofisticados, que unem estética e saúde, impulsionada também por nomes como Giulia De Lellis e Chiara Ferragni.



E no Brasil, o que muda?


Embora a proibição seja válida apenas na Europa, o efeito já começa a ser sentido em outros países, inclusive no Brasil. Veja os principais impactos:


1. Produtos importados podem sumir das prateleiras


Muitas marcas de esmaltes em gel usadas por manicures e salões brasileiros vêm da Europa. Com a nova lei, essas empresas terão de reformular suas linhas. Até lá, alguns produtos podem ficar escassos ou mais caros.


2. Pressão por regulamentação da Anvisa


A decisão europeia deve influenciar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nos próximos anos, é possível que o Brasil também avalie restrições semelhantes. Quem se adiantar usando produtos mais seguros sairá na frente.


3. Clientes mais exigentes


Com a notícia em circulação, muitas clientes podem começar a questionar a segurança dos esmaltes em gel usados nos salões. Ter opções “livres de TPO e DMTA” será um diferencial competitivo importante.


4. Aumento nos custos


As versões reformuladas dos esmaltes em gel tendem a ser mais caras, e isso pode impactar diretamente o preço final dos serviços de alongamento ou esmaltação em gel.


5. Oportunidade de marketing positivo


Os salões que adotarem desde já produtos mais seguros podem transformar isso em vantagem de mercado. Mostrar preocupação com a saúde da cliente e investir em alternativas confiáveis fortalece a imagem do negócio.


Conclusão

Embora a proibição da União Europeia ainda não tenha validade no Brasil, seus reflexos já começam a aparecer. Para os salões, a palavra de ordem é adaptação: buscar fornecedores confiáveis, acompanhar as tendências do mercado internacional e oferecer segurança sem abrir mão da beleza.


As unhas em gel continuam sendo tendência, mas agora em uma versão mais saudável e responsável.


Fonte: ECHA (Agência Europeia de Substâncias Químicas)



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