Tubarão de Duas Cabeças no Litoral Paulista Intriga Cientistas
- thacianamariani

- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Filhote de tubarão-galhudo com duas cabeças é encontrado por pescadores entre Itanhaém e Peruíbe; caso raro chama atenção de biólogos e levanta alerta sobre mutações ligadas à contaminação marinha.

1. O Que Foi Encontrado
Um filhote de tubarão-galhudo siamês foi capturado por pescadores e entregue ao Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente (Ibimm), em Peruíbe. Trata-se do primeiro registro de dicefalia (duas cabeças) nessa espécie em ambiente natural.
A análise revelou órgãos duplicados: duas cabeças, dois corações, duas colunas vertebrais, além de outros sistemas internamente duplicados.
2. Equipe de Pesquisa
Liderada pelo biólogo Edris Queiroz, com participação de Luana Felix, ambos do Ibimm, e os professores Alberto Amorim e Eduardo Malavasi do Instituto de Pesca de Santos.
3. Raridade e Implicações
Casos de gêmeos siameses em tubarões são extremamente raros, globalmente foram registrados apenas cerca de dez casos desde 1934, todos envolvendo duplicação parcial.
Geralmente, esses animais morrem logo após o nascimento por serem presas fáceis e por complicações fisiológicas.
4. Possíveis Causas
Contaminação marinha: tubarões acumulam metais pesados ao longo da cadeia alimentar, o que pode causar mutações severas.
Fatores genéticos ou problemas de desenvolvimento no útero materno, como ovos fusionados, também estão entre as hipóteses.
5. Significado para a Ciência
Esse achado fornece uma janela rara para explorar mutações extremas na natureza e reforça a necessidade de monitoramento da poluição nos ecossistemas marinhos.
A conscientização e o registro de casos semelhantes podem ajudar a identificar tendências ambientais preocupantes .

O tubarão de duas cabeças encontrado no litoral paulista é um caso sem precedentes na espécie e no mundo. O evento combina curiosidade científica com alerta ambiental: pode ser um forte indício de mudanças profundas no ambiente marinho, seja por contaminação ou por efeitos genéticos. Buscar e estudar mais casos como esse pode ajudar a proteger nossos oceanos e preservar a biodiversidade.
As informações desta matéria foram obtidas a partir de reportagens e entrevistas publicadas pelos portais Diário do Litoral, G1 Santos, e UOL Notícias, com base em dados fornecidos por pesquisadores do Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente (Ibimm) e do Instituto de Pesca de Santos.



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