O "Piolho Comedor de Língua": Um Parasita Marinho que Substitui a Língua dos Peixes
- thacianamariani

- 31 de ago.
- 2 min de leitura
Conheça o Cymothoa exigua, o único parasita conhecido que consome e substitui a língua do seu hospedeiro.

O mundo marinho é repleto de criaturas fascinantes e, por vezes, assustadoras. Um exemplo notório é o Cymothoa exigua, um isópode marinho que possui um comportamento parasitário único: ele invade a boca de peixes, consome sua língua e assume sua função. Embora esse fenômeno seja amplamente documentado, surge a dúvida: será que esse parasita também está presente nas águas brasileiras?
O Ciclo de Vida do Cymothoa exigua
O Cymothoa exigua entra no corpo do peixe pelas brânquias e se fixa à base da língua do hospedeiro. A fêmea se agarra à língua, enquanto o macho se fixa às guelras. Ao se alimentar do sangue da língua, o parasita causa a atrofia e eventual desintegração desse órgão. Com o tempo, o Cymothoa substitui funcionalmente a língua, permitindo que o peixe continue se alimentando normalmente. Esse é o único caso conhecido de um parasita que consome e substitui um órgão do hospedeiro.
Presença no Brasil
Embora o Cymothoa exigua seja amplamente encontrado em águas do Pacífico, há registros de parasitas do mesmo gênero no Brasil. O Cymothoa spinipalpa, por exemplo, foi identificado em peixes da espécie Oligoplites saurus no Rio Grande do Norte . Esses parasitas apresentam comportamentos semelhantes, embora não haja confirmação de que o Cymothoa exigua esteja presente nas águas brasileiras.
Implicações para a Pesca e Consumo Humano
A presença de parasitas como o Cymothoa em peixes pode levantar preocupações sobre a segurança alimentar. No entanto, não há evidências de que esses parasitas representem risco para os seres humanos. Em Porto Rico, por exemplo, um consumidor processou um supermercado após encontrar um Cymothoa em um peixe, alegando ter sido envenenado. O caso foi arquivado, pois se sabe que isópodes não são venenosos para humanos.
O Cymothoa exigua é um exemplo impressionante da complexidade e adaptabilidade dos organismos marinhos. Embora não haja confirmação de sua presença nas águas brasileiras, outros parasitas do mesmo gênero, com comportamentos semelhantes, já foram identificados no país. Portanto, é essencial que pescadores e consumidores estejam cientes da existência desses parasitas e adotem práticas adequadas de manejo e consumo de frutos do mar.
Fonte: Wikipédia



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