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O Gigante Verde do Brasil: Conheça o Maior Cajueiro do Mundo

Uma árvore centenária que cobre quase 9 mil m², abriga biodiversidade única e recebe mais de 300 mil visitantes por ano no Rio Grande do Norte.


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No litoral do Rio Grande do Norte, em Pirangi do Norte (Parnamirim), encontra-se um verdadeiro colosso da natureza: o Cajueiro de Pirangi, reconhecido pelo Guinness Book como o maior cajueiro do mundo.


Mais que uma atração turística, o cajueiro é um patrimônio ecológico, cultural e histórico que encanta turistas, pesquisadores e moradores da região.


História e Legado


  • Origens centenárias: Tradicionalmente, acredita-se que o cajueiro foi plantado em dezembro de 1888 por Luís Inácio de Oliveira, um pescador local que chegou a viver sob sua sombra até os 93 anos.


  • Mutação singular: Uma anomalia genética faz com que os galhos cresçam horizontalmente até tocarem o solo e, a partir daí, enraízem e formem novos troncos, uma espécie de clonagem natural. Por isso, apesar da aparência de bosque, trata-se de um único organismo (junto com um segundo cajueiro vizinho que não possui essa mutação).


Dimensões Impressionantes e Produção


  • Área coberta: Estima-se que o cajueiro ocupe cerca de 9 000 m², com perímetro aproximado de 500 metros.


  • Produção de frutos: No auge, chegou a produzir entre 70 000 e 80 000 cajus por safra (mais de 2,5 toneladas), mas esse número caiu para aproximadamente 15 000 em 2021.


  • Reconhecimento oficial: Desde 1994, figura no Guinness Book como o maior cajueiro do mundo.


Manejo, Conservação e Controvérsias


  • Ações protetivas (2012): Para evitar que galhos invadissem vias públicas, foi construído um caramanchão que sustenta a copa em certa extensão, estrutura orçada em R$ 160 mil.


    Decisão judicial recente (2025): A Justiça autorizou uma poda controlada, prevista para início em agosto, com custo estimado de R$ 200 mil. A intervenção visa conter o avanço da copa sobre ruas e residências, mas gera controvérsia, há temor de que uma poda excessiva comprometa a saúde da árvore e sua atração turística.


  • Debate local acalorado: Audiências públicas mobilizaram biólogos, gestores, moradores e empresários. A poda deve ser criteriosa, com selagem dos cortes e possíveis caramanchões adicionais para garantir segurança sem sacrificar a longevidade da planta.


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Turismo, Biodiversidade e Cultura


  • Visitação em alta: Atrai cerca de 300 000 visitantes por ano. O lugar é preparado para o turismo com passarelas, mirante dentro da copa e lojas de artesanato ao redor.


  • Experiência sensorial: Durante a safra, é possível colhê-los direto da árvore e degustar suco de caju in loco.


  • Vida no ecossistema do cajueiro: A copa abriga espécies como o lagarto-de-folhiço, o menor lagarto das Américas (22 mm), além de aves, abelhas e formigas, reforçando seu valor ecológico.


  • Celebrações culturais: Em 2024, o cajueiro completou 136 anos e foi homenageado com programação cultural, educativa e ambiental promovida pelo IDEMA, com milhares de visitantes durante os eventos.


O Cajueiro de Pirangi é muito mais que uma árvore, é um vibrante símbolo natural, um fenômeno biológico raro, um polo turístico e um patrimônio a ser zelado. Em meio aos desafios de conservação, ele segue encantando e conectando gerações ao poder admirável da natureza.


Fonte: Wikipédia





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