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Nascimento inédito de uru-nordestino no Parque das Aves marca avanço na conservação da espécie

Atualizado: 17 de jul.

O uru-nordestino é uma das aves mais raras do Brasil. Foto: Divulgação
O uru-nordestino é uma das aves mais raras do Brasil. Foto: Divulgação

O Parque das Aves, localizado em Foz do Iguaçu (PR), registrou um feito histórico para a conservação da biodiversidade brasileira: o nascimento do primeiro filhote de uru-nordestino (Odontophorus capueira plumbeicollis) sob cuidados humanos. A espécie, considerada criticamente ameaçada de extinção, é exclusiva da Mata Atlântica do Nordeste do Brasil e tem sofrido uma drástica redução populacional devido ao desmatamento, caça e ação de predadores naturais e invasores.


O filhote nasceu com apenas 12 gramas e 4,5 centímetros, um marco que simboliza um grande avanço nos esforços de preservação. O nascimento é resultado de um projeto colaborativo entre o Parque das Aves, a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis), o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).


A trajetória até esse momento começou em 2020, com um workshop para definir estratégias de conservação da espécie. Em 2022, um casal de uru-nordestinos foi transferido para o Parque das Aves, onde começou a se reproduzir. O primeiro ovo foi descoberto em dezembro de 2024, e após um cuidadoso monitoramento, o filhote nasceu com sucesso.


Para Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves, esse nascimento representa uma esperança real para a sobrevivência da espécie, demonstrando que parcerias entre instituições e governos podem reverter o quadro de extinção de aves ameaçadas. Fabio Nunes, gerente de programa da Aquasis, ressaltou que, além da importância simbólica do nascimento, a notícia veio acompanhada da redescoberta de indivíduos da espécie na Serra de Baturité (CE), onde não eram avistados desde setembro de 2024.


O próximo passo do projeto será aprimorar os programas de reprodução em cativeiro e planejar futuras reintroduções da espécie na natureza, garantindo que o uru-nordestino tenha uma nova chance de prosperar em seu habitat natural.


Fonte: H2FOZ Notícias



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