Malásia Investe em Tinta que Brilha no Escuro para Estradas, Mas Custo Elevado Gera Dúvidas

Em uma tentativa inovadora de melhorar a segurança viária e reduzir o consumo de energia, a Malásia implementou uma solução tecnológica única: tinta que brilha no escuro para iluminar estradas. A iniciativa, que substitui parcialmente o uso de lâmpadas tradicionais, promete revolucionar a infraestrutura urbana, mas enfrenta um desafio significativo: o custo da tinta é 20 vezes maior do que os métodos convencionais de

iluminação.

A tinta fotoluminescente, aplicada em faixas de pedestres e laterais das estradas, absorve a luz solar durante o dia e emite um brilho azul-esverdeado à noite, proporcionando visibilidade sem a necessidade de energia elétrica. O projeto piloto foi implementado em algumas rodovias do país, chamando a atenção internacional pela criatividade e potencial sustentável.

Vantagens da Tecnologia

A principal vantagem da tinta brilhante é a redução do consumo de energia, já que ela não depende de eletricidade para funcionar. Além disso, a solução é considerada mais ecológica, pois diminui a necessidade de postes de luz e fiações elétricas. Em áreas rurais ou remotas, onde a instalação de iluminação tradicional é mais complexa e cara, a tinta pode ser uma alternativa viável.

Outro benefício é a durabilidade. A tinta é resistente às intempéries e pode brilhar por até oito horas após o pôr do sol, garantindo segurança durante a noite. Testes iniciais mostraram que os motoristas e pedestres aprovaram a novidade, destacando a melhoria na visibilidade das vias.

O Problema do Custo

Apesar das vantagens, o alto custo da tinta fotoluminescente tem sido um ponto de preocupação para o governo e especialistas. O material é 20 vezes mais caro do que a pintura convencional usada em estradas, o que torna sua aplicação em larga escala um desafio financeiro.

Autoridades malaias afirmam que, embora o investimento inicial seja elevado, a economia a longo prazo com energia elétrica e manutenção pode compensar os gastos. No entanto, críticos argumentam que o custo inicial pode inviabilizar a expansão do projeto para outras regiões do país, especialmente em um contexto de restrições orçamentárias.

Futuro da Inovação

A Malásia não é o primeiro país a testar tinta brilhante em estradas. A Holanda foi pioneira na implementação de uma tecnologia semelhante em 2014, com faixas fotoluminescentes em uma ciclovia inspirada na obra de Van Gogh. No entanto, o caso malaio chama a atenção pelo uso em larga escala e pela tentativa de substituir parcialmente a iluminação pública tradicional.

Especialistas em infraestrutura sugerem que a tinta brilhante pode ser mais viável em áreas específicas, como cruzamentos perigosos ou vias com baixa iluminação, em vez de uma substituição completa das lâmpadas. Além disso, o desenvolvimento de versões mais baratas do material pode ser crucial para a popularização da tecnologia.

Enquanto isso, a Malásia continua monitorando os resultados do projeto piloto, buscando equilibrar inovação, sustentabilidade e custos. A iniciativa, mesmo com seus desafios, representa um passo ousado em direção a soluções criativas para problemas urbanos e ambientais.

Fonte: Reddit e noticias uol