A Cidade Onde a Vida Não Passa de 35 Anos: La Rinconada

A vida a 5.100 metros de altitude nos Andes peruanos é curta, perigosa e marcada pela mineração de ouro artesanal.

O coração dos Andes peruanos, a cidade de La Rinconada desafia qualquer conceito de sobrevivência. Com uma expectativa de vida média de apenas 35 anos, seus moradores enfrentam condições extremas: o ar rarefeito, a exposição a produtos químicos tóxicos usados na mineração de ouro e a falta de infraestrutura básica tornam a vida diária um verdadeiro desafio. Apesar disso, milhares de pessoas continuam a chegar à cidade em busca de fortuna, vivendo nas encostas geladas e íngremes a mais de 5.100 metros de altitude.

Alta Altitude e Saúde em Risco

O ar contém apenas metade do oxigênio disponível ao nível do mar, sobrecarregando o corpo e provocando doenças respiratórias e cardiovasculares. A falta de oxigênio crônica, conhecida como Síndrome Crônica da Montanha, é uma das principais causas da baixa expectativa de vida.

Mineração de Ouro: Fortuna e Perigo

A economia da cidade gira em torno da mineração artesanal, que utiliza mercúrio e cianeto para extrair o ouro. Os mineiros trabalham sob o sistema chamado “cachorreo”, ficando até 30 dias sem remuneração e podendo ficar apenas com o ouro do 31º dia. Esse método expõe os trabalhadores a acidentes, intoxicação química e desgaste físico extremo.

Condições de Vida Precárias

La Rinconada carece de saneamento básico, água potável e hospitais adequados. As ruas íngremes e o clima gelado dificultam ainda mais a vida diária, tornando a cidade um lugar extremamente inóspito, mesmo para os habitantes acostumados à altitude.

Vida Cotidiana e Desafios Sociais

Além da mineração pesada, os moradores enfrentam isolamento social, pobreza extrema e falta de serviços públicos. A vida familiar e comunitária é constantemente desafiada pelo ambiente hostil, e a expectativa de vida de 35 anos reflete a combinação de condições naturais e humanas adversas.

Fonte: Wikipedia