Ilha das Cobras: O Território Proibido no Brasil com as Serpentes Mais Mortais do Mundo!
- thacianamariani

- 14 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de jul.
A Ilha da Queimada Grande, popularmente conhecida como Ilha das Cobras, está situada a aproximadamente 36 quilômetros do litoral sul de São Paulo, entre os municípios de Itanhaém e Peruíbe.

Com uma área de cerca de 43 hectares, essa ilha é famosa por abrigar uma das maiores concentrações de serpentes venenosas do mundo, especialmente a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), uma espécie endêmica cuja mordida pode ser fatal em até 93% dos casos.
Curiosidades sobre as cobras da ilha:
Alta densidade populacional: Estima-se que haja entre 2.000 e 4.000 serpentes na ilha, o que representa uma densidade de até uma cobra por metro quadrado.
Veneno potente: O veneno da jararaca-ilhoa é até cinco vezes mais potente que o de sua parente continental, a jararaca comum.
Alimentação diferenciada: Devido à ausência de pequenos mamíferos na ilha, a jararaca-ilhoa adaptou sua dieta para se alimentar principalmente de aves migratórias.

Características da Ilha:
Geografia: A ilha é predominantemente rochosa, com elevações que atingem até 200 metros. Não possui praias arenosas, e o acesso é extremamente difícil devido às suas falésias e à densa vegetação remanescente da Mata Atlântica.
Biodiversidade: Além das serpentes, a ilha abriga uma variedade de aves migratórias que servem de alimento para as jararacas-ilhoas. A vegetação é composta principalmente por mata atlântica primária e secundária, com áreas de gramíneas introduzidas após tentativas fracassadas de colonização humana.

Formação da ilha e isolamento das serpentes:
Acredita-se que a Ilha da Queimada Grande tenha se separado do continente há cerca de 10 mil anos devido ao aumento do nível do mar. Esse isolamento geográfico permitiu que as jararacas-ilhoas evoluíssem independentemente, resultando em características únicas, como seu veneno mais potente e hábitos alimentares específicos.

História e Conservação:
No passado, houve tentativas de colonizar a ilha, incluindo a instalação de um farol para auxiliar na navegação marítima. No entanto, devido à alta densidade de serpentes e aos riscos associados, essas iniciativas foram abandonadas, e o farol atualmente opera de forma automatizada. Em 1985, a ilha foi declarada Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pelo governo brasileiro, visando proteger sua biodiversidade única. O acesso é estritamente controlado, sendo permitido apenas a pesquisadores autorizados e pessoal da Marinha do Brasil.
Devido ao perigo representado pelas serpentes, a ilha é frequentemente mencionada em listas de lugares mais perigosos do mundo, sendo apelidada de "Ilha da Morte" por alguns veículos sensacionalistas.
A Ilha da Queimada Grande permanece como um fascinante lembrete da diversidade e dos mistérios da natureza brasileira, servindo como um importante local de estudo para herpetologistas e outros cientistas interessados em espécies endêmicas e conservação.
Fontes consultadas: National Geographic Brasil, ICMBio (gov.br), Wikipedia, Canaltech e Camping Selvagem.



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