Gambás Pigmeus: As Menores Criaturas Marsupiais Que Encantam e Precisam de Proteção
- thacianamariani

- 11 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de out.
Menores que a palma da mão, esses marsupiais delicados enfrentam grandes desafios para continuar existindo na natureza.

Quando pensamos em gambás, geralmente imaginamos bichos de tamanho médio, rabos longos, reputações de “fedorentos”. Mas existem espécies muito menores, os gambás pigmeus, que parecem quase minúsculos em comparação, desempenham papéis vitais nos ecossistemas e enfrentam ameaças severas.
Características principais
Tamanho e peso: Alguns gambás-pigmeus chegam a pesar menos de 10 gramas (um filhote), particularmente o gambá-pigmeu-oriental.
Aparência: são muito menores que gambás comuns, têm focinho pequeno, olhinhos e orelhas razoavelmente grandes para o corpo, orelhas às vezes mais visíveis, patas finas. São mais frágeis visualmente.
Hábitos: Noturnos, usam ninhos ou abrigos em cavidades de árvores ou partes ocas de troncos. Em dias frios ou com escassez de alimento podem entrar em torpor, uma espécie de slow-down do metabolismo para economizar energia.
Alimentação: se alimentam de insetos, néctar, pólen, talvez pequenos frutos ou sementes, ou seja, são onívoros, com tendência a insetívoros/polinívoros. Esse hábito os torna importantes como controladores de insetos e polinizadores.
Distribuição e habitat
O gambá-pigmeu-oriental vive na Austrália, em áreas de santuários ou reservas naturais.
O gambá-pigmeu-da-montanha também está restrito a montanhas australianas, com habitat muito limitado.
O habitat ideal inclui florestas úmidas, vegetação densa, abrigos naturais para abrigo, áreas com disponibilidade de insetos, néctar, flores e recursos alimentares diversos.
Ameaças
Perda de habitat: incêndios florestais, desmatamento, expansão urbana. No caso australiano, incêndios recentes destruíram grande parte dos habitats do gambá-pigmeu-oriental.
Mudanças climáticas: aumentam a frequência e intensidade de secas, reduzem a cobertura de neve (no caso do pigmeu-da-montanha), alteram ciclos de temperatura, o que pode afetar alimentação, hibernação/torpor e segurança térmica.
Fragmentação: habitats isolados reduzem as possibilidades de dispersão, de encontro entre indivíduos, aumentando o risco de endogamia ou declínio populacional.
Situação de conservação
Alguns parques e santuários (como na Austrália) estão tentando proteger essas espécies reintroduzindo populações, monitorando nascentes e filhotes.
O gambá-pigmeu-da-montanha já foi rediscoverto após só ter sido conhecido por fósseis por muitos anos. Esse tipo de “redescoberta” chama atenção para o fato de que podemos ainda não saber totalmente onde essas espécies vivem ou quão abundantes são.
Os gambás pigmeus são criaturas pequenas, quase invisíveis para muitos, mas sua importância ecológica é grande, e sua situação é frágil. Eles são um bom exemplo de como biodiversidade menor também importa muito, e de como nossas ações ou nossa omissão, podem decidir se sobreviverão ou desaparecerão. Proteger esses bichinhos é proteger ecossistemas inteiros.



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