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Entre Gigantes de Pedra e Crateras Profundas: Descubra os Mistérios de Vila Velha

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O Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR), é um dos mais impressionantes sítios geológicos do Brasil. Localizado a cerca de 20 km do centro e a aproximadamente 90–100 km de Curitiba, o parque ocupa entre 3.122 e 3.803 hectares.


O nome vem da impressionante semelhança das formações rochosas com ruínas de uma cidade medieval: muralhas, torres, castelos, mas tudo isso esculpido pela natureza ao longo de milhões de anos.


Foto: Sérgio Mendonça Júnior
Foto: Sérgio Mendonça Júnior

Geologia e formações

  • As esculturas naturais são arenitos do Grupo Itararé, formados há cerca de 340 milhões de anos durante o Carbonífero, quando sedimentos marinhos foram cimentados com óxido de ferro, adquirindo aquela cor avermelhada característica.


  • A erosão diferencial por vento e chuva criou colunas e paredes que alcançam em média 20 m, podendo chegar a 30 m ou mais.


  • Algumas formações ganharam nomes populares: Taça (cálice), Camelo, Bota, Cabeça de Índio, Esfinge e a famosa Proa do Navio.


O parque é dividido em três áreas distintas:


1. Arenitos

  • Trilha pavimentada, autoguiada, com 2,6 km, circular, nível leve. Pode ser feita inteira ou parcialmente, com transporte interno entre pontos.


  • Destaca-se a Pedra da Taça, cartão‑postal que lembra um enorme cálice equilibrado.


2. Furnas

  • Dois grandes poços naturais (crateras) esculpidos no arenito, de até 100 m de profundidade, com cerca de 50 m de água na base.


  • Trilha circular de 500–800 m, leve, leva a mirantes sobre as Furnas e, opcionalmente, acesso a tirolesa e arvorismo.


3. Lagoa Dourada

  • Lagoa de 150 m de diâmetro, águas cristalinas que refletem tons dourados ao entardecer.


  • Trilha leve de 400 m.


Biodiversidade

Flora

  • Vegetação da Floresta Ombrófila Mista (com Araucária) e campos gramíneo-lenhós.


  • Espécies em destaque: Araucária, Imbuia, Canela-sassafrás, Erva‑mate, além do cacto-bola e outras plantas endêmicas e ameaçadas.


Fauna

  • Mais de 230 espécies de aves, incluindo águia‑cinzenta e patativa‑tropeira.


  • Cerca de 40 espécies de mamíferos, como lobo‑guará, onça‑parda, cachorro‑vinagre, tamanduá‑bandeira, jaguatirica, veado‑campeiro, bugio‑ruivo, tatus, quatis.


  • Répteis e anfíbios, como jiboias‑arco‑íris e o sapinho endêmico Melanophryniscus vilavelhensis.


Estrutura, atividades e visitação

  • Parque criado em 1953 (tombado em 1966), sob concessão privada desde 2020, válida por 30 anos.


  • Funcionamento: quarta a segunda, 9h–17h (entrada até 13h30 ou 15h, varia). Fechado às terças.


  • Ingressos: cerca de R$ 57–60. Atrações adicionais: tirolesa (~R$ 90), arvorismo (~R$ 60), balão estacionário (~R$ 80), cicloturismo (~R$ 60).


  • Infraestrutura: Centro de Visitantes, sanitários, restaurante, lanchonete, lojinha, estacionamento (R$ 38 para carros), portaria, segurança, acessibilidade e transporte interno (jardineiras).


  • Acesso: BR‑376. De Curitiba (~90 km – ~1h), via Princesa dos Campos ou Campos Gerais (ônibus). Também possível vir de Ponta Grossa. Opções alternativas: táxi, Uber, excursões e aluguel de carro.


Melhor época & dicas práticas

  • Clima: subtropical úmido. Verão: até 30 °C; inverno: médias de 13–14 °C; média anual de 18 °C; chuvas frequentes.


  • Melhores épocas para visitar: março a maio ou outubro a dezembro, com bom tempo e visibilidade.


  • Recomendações: roupas leves, calçado fechado confortável, boné/chapéu, protetor solar, repelente, água e lanches.


Roteiro sugerido (1 dia)

  1. Chegue cedo (abertura 9h) e visite Centro de Visitantes.

  2. Vá primeiro às Furnas e Lagoa Dourada (ônibus em horários espaçados).

  3. Retorne para Arenitos: caminhada (sem pressa), identificando esculturas e a Pedra da Taça.

  4. Termine com atividade extra (tirolesa, arvorismo), almoço/restaurante e compra de lembranças.

  5. Retorno ao pôr do sol com fotos incríveis.

  6. Buraco do Padre: cachoeira de 30 m com trilha leve e acessível (~1 km).

  7. Parque das Olarias, trilhas no fim da tarde.

  8. Fábrica da Heineken em Ponta Grossa, com visita e degustação.


O Parque Estadual de Vila Velha é muito mais que um ponto turístico: é um museu natural vivo, marcado por milhões de anos de história geológica, biodiversidade rica e uma estrutura preparada para oferecer experiências únicas com segurança e conforto. Ideal para famílias, grupos escolares, amantes da natureza e geologia, o parque proporciona beleza, aprendizado e aventura, tudo no clima dos Campos Gerais do Paraná.


As informações desta matéria foram coletadas a partir de fontes oficiais e atualizadas, incluindo o site do Parque Estadual de Vila Velha, portais de turismo como Viagem e Turismo, Viaje Paraná e Viagens e Caminhos, além de dados geológicos e ambientais de órgãos estaduais e artigos especializados.



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