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Chupeta além da infância: tendência curiosa ganha força entre adultos

A prática, que inicialmente surgiu na China, tem ganhado popularidade nas redes sociais, com jovens e adultos compartilhando vídeos e fotos utilizando o acessório em diversos contextos, como no trabalho, nos estudos e até durante crises emocionais.


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Um objeto associado quase exclusivamente à infância voltou a aparecer, mas agora na boca de adultos. A chupeta, antes símbolo de bebês e crianças pequenas, tornou-se uma tendência curiosa entre jovens e adultos que buscam alívio rápido para estresse, insônia e ansiedade. Impulsionada pelas redes sociais, a prática desperta debates: seria apenas um recurso inofensivo de conforto ou um hábito com potenciais riscos físicos e psicológicos?


O fenômeno nas redes

Vídeos no TikTok e em outras plataformas digitais mostram adultos usando chupetas como forma de relaxamento ou de enfrentamento da ansiedade. Em alguns países, como a China, lojas online já vendem versões adaptadas para o público adulto, reforçando a ideia de que o objeto deixou de ser exclusividade das crianças. Relatos destacam que o acessório ajuda a reduzir a inquietação, facilita o sono e até auxilia quem tenta parar de fumar.


O que dizem os especialistas

Apesar de parecer inofensivo, o hábito preocupa profissionais de saúde:


  • Riscos odontológicos: dentistas alertam que o uso frequente pode causar desalinhamento dentário, mordida aberta, desgaste dos dentes e problemas na articulação temporomandibular (ATM).


  • Higiene comprometida: chupetas mal higienizadas acumulam bactérias, favorecendo o surgimento de cáries e doenças gengivais.


  • Impactos psicológicos: psicólogos interpretam a prática como uma forma de regressão emocional. Para alguns, trata-se de um mecanismo paliativo que mascara a ansiedade em vez de resolvê-la.


Entre conforto e infantilização

Especialistas lembram que a chupeta pode, de fato, gerar sensação imediata de segurança, remetendo ao conforto da infância. Porém, essa regressão simbólica pode se tornar problemática quando substitui recursos mais maduros de enfrentamento, como terapia, atividade física ou técnicas de respiração. “É um alívio temporário que pode criar dependência emocional, além de trazer prejuízos físicos claros”, explicam.


A moda das chupetas adultas expõe um dilema contemporâneo: a busca por conforto em tempos de ansiedade elevada versus os riscos de adotar soluções simbólicas que podem prejudicar a saúde. Embora seja compreensível que pessoas procurem válvulas de escape, especialistas reforçam que existem alternativas mais seguras e eficazes, como psicoterapia, mindfulness, práticas esportivas ou mesmo objetos de estímulo sensorial (fidget toys).


Fontes: CNN Brasil e Correio Braziliense



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