Cabelo de Pêssego: Menino da Geórgia é Diagnosticado com Rara Síndrome Genética que Deixa os Fios "Impenteáveis"
- thacianamariani

- 15 de jul.
- 3 min de leitura
Locklan Samples, de Roswell (EUA), é uma das poucas pessoas no mundo com a Síndrome do Cabelo Impenteável. A condição não tem cura, mas costuma melhorar com o tempo.

Roswell, Geórgia – Quando os cabelos do pequeno Locklan Samples começaram a mudar de cor e textura aos seis meses de idade, seus pais não imaginavam que estavam diante de uma condição genética extremamente rara. O menino, hoje com pouco mais de dois anos, foi diagnosticado com a Síndrome do Cabelo Impenteável (Uncombable Hair Syndrome – UHS), uma desordem que altera a estrutura dos fios, tornando-os rebeldes, quebradiços e com aparência eriçada.
Os primeiros sinais chamaram atenção: os cabelos, que nasceram escuros, começaram a clarear e assumiram um tom loiro-platinado, com uma textura seca, semelhante à penugem de um pêssego. Mas foi uma mensagem inesperada no Instagram que acendeu o alerta. Uma seguidora, ao ver uma foto de Locklan, comentou se ele tinha UHS, uma condição rara, o que levou os pais a buscarem ajuda médica.
A família procurou especialistas no Hospital Universitário Emory, em Atlanta, que confirmaram o diagnóstico após exames genéticos. “Fomos pegos de surpresa, porque nunca tínhamos ouvido falar disso. Mas os médicos nos tranquilizaram de que não traz riscos à saúde”, contou Katelyn à revista People.

Foto/Instagran
Uma síndrome rara e pouco conhecida
A Síndrome do Cabelo Impenteável é causada por mutações em genes como PADI3, TGM3 ou TCHH, que interferem na formação da haste capilar. O resultado são fios com formato anormal, muitas vezes triangulares ou com sulcos, o que os torna difíceis, ou mesmo impossíveis de pentear.
A condição é tão incomum que existem apenas cerca de 100 a 200 casos documentados no mundo. Os sintomas surgem geralmente entre os 3 meses e 3 anos, mas há registros até os 12 anos de idade.
Apesar do nome e do impacto visual, a síndrome não compromete a saúde geral da criança. No entanto, exige cuidados específicos: nada de escovar com frequência, lavar demais ou usar produtos agressivos. “O cabelo dele é muito delicado. Deixamos ao natural e evitamos manipular. É o jeito mais seguro de cuidar”, explica a mãe.
Melhora com o tempo?
Atualmente, não existe cura para a Síndrome do Cabelo Impenteável. Mas há boas notícias: em muitos casos, os cabelos mudam de textura na adolescência, tornando-se mais alinhados e fáceis de cuidar. Em outras pessoas, no entanto, a condição persiste ao longo da vida.
Enquanto isso, Katelyn e o marido, Caleb, encontraram apoio em comunidades online de pais que vivem experiências semelhantes. “Ver outras crianças com cabelos parecidos ajuda muito. Não nos sentimos mais sozinhos”, diz ela.
Cuidando da autoestima
Mais do que a aparência, os pais de Locklan estão focados em cuidar do emocional do filho. “Queremos que ele cresça confiante, que ame seu cabelo do jeitinho que é. A maioria das pessoas acha incrível, e é bonito ver o quanto isso encanta”, afirma Katelyn.
Nas fotos compartilhadas nas redes sociais, o cabelo claro e volumoso de Locklan costuma arrancar sorrisos, tanto de quem vê quanto de quem convive com ele. A jornada da família tem se tornado um símbolo de aceitação e empatia, mostrando que, mesmo nas diferenças, existe beleza única e autêntica.
As informações foram obtidas por meio de entrevistas concedidas à revista People e declarações da família de Locklan Samples ao Hospital Universitário Emory, nos Estados Unidos.



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