Araticum: o tesouro perfumado do Cerrado brasileiro
- thacianamariani

- 19 de set.
- 2 min de leitura
Fruta exótica, de aroma marcante e sabor inconfundível, o araticum é uma joia do Cerrado que conquista paladares e guarda grande valor cultural e nutricional.

Pouca gente fora do Cerrado conhece o araticum, também chamado de marolo em Minas Gerais. Mas, para quem já provou, é difícil esquecer o sabor doce, a polpa cremosa e o perfume intenso dessa fruta nativa. Encontrada principalmente em áreas de Cerrado de Minas, Goiás e Mato Grosso, ela é consumida fresca ou transformada em sorvetes, doces e bebidas, e está ligada à tradição culinária do interior brasileiro.
Características da fruta
Aparência: fruto de casca marrom e cascuda, com polpa amarela ou alaranjada.
Sabor: doce, levemente ácido e muito aromático.
Família botânica: pertence à mesma família da pinha e da graviola (Annonaceae).
Ciclo: é uma fruta típica do Cerrado, encontrada de forma mais abundante entre fevereiro e abril.
Usos culinários
O araticum é versátil e bastante valorizado na gastronomia regional:
In natura: consumido diretamente com colher.
Doces: usado em mousses, sorvetes, compotas, bolos e pudins.
Bebidas: rende licores e batidas caseiras.
Gastronomia contemporânea: chefs têm resgatado o fruto para pratos sofisticados e sobremesas gourmet.
Valor nutricional e benefícios
Rico em fibras, vitaminas A, B e C, além de minerais como ferro, fósforo e cálcio, o araticum fortalece o sistema imunológico, ajuda na digestão e possui antioxidantes que combatem o envelhecimento celular. Algumas pesquisas também apontam potencial medicinal em compostos da fruta e de suas sementes.
Cultura e tradição
Em Minas Gerais, o araticum é tão importante que existe até a Festa Nacional do Marolo, realizada na cidade de Paraguaçu, no sul do estado. O evento reúne produtores, cozinheiros e turistas em torno da fruta, celebrando sua importância cultural e econômica.
Desafios e preservação
Apesar de seu valor, o araticum enfrenta riscos de escassez. O desmatamento do Cerrado e a coleta predatória ameaçam a espécie. Projetos de conservação e cultivo sustentável têm buscado preservar essa riqueza, incentivando também sua valorização no mercado.
O araticum é muito mais que uma fruta: é símbolo de identidade cultural do Cerrado e exemplo da biodiversidade única do Brasil. Ao valorizar e consumir esse fruto, ajudamos a manter viva uma tradição e a preservar um patrimônio natural que precisa ser protegido para as futuras gerações.
Fonte: Embrapa Cerrados



Comentários