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Nova Técnica Brasileira Congela Tumores e Elimina Câncer sem Cirurgia

Médicos brasileiros estão testando uma técnica inovadora que elimina tumores sem cirurgia tradicional: a crioablação. Esse método utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células cancerígenas, oferecendo uma alternativa minimamente invasiva ao tratamento convencional.



O que é a crioablação?

A crioablação é um procedimento que envolve a inserção de uma agulha na área afetada, através da qual é injetado nitrogênio líquido a cerca de -140ºC. Esse processo forma uma esfera de gelo que destrói o tumor sem necessidade de grandes incisões. A técnica é realizada com anestesia local e pode ser feita em ambulatório, sem necessidade de internação.


Resultados promissores no Brasil

Pesquisadores da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), em parceria com o Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp), realizaram testes com 60 pacientes que apresentavam tumores de mama menores que 2,5 cm. Os resultados mostraram 100% de eficácia em tumores menores que 2 cm.


Atualmente, um estudo em andamento envolve mais de 700 pacientes em 15 centros de saúde de São Paulo, com o objetivo de avaliar a eficácia da crioablação como tratamento único, sem a necessidade de cirurgia tradicional.


Potencial para o Sistema Único de Saúde (SUS)

Embora a crioablação já seja utilizada em países como Estados Unidos, Japão e Israel, no Brasil ela ainda não está disponível pelo SUS. No entanto, os pesquisadores acreditam que, com a popularização da técnica e a redução dos custos dos insumos, como as agulhas utilizadas no procedimento, a crioablação poderá ser incorporada aos protocolos do SUS em todo o país. O professor Afonso Nazário, um dos responsáveis pelos testes, estima que a técnica pode beneficiar de 20% a 30% das pacientes que aguardam por cirurgias no sistema público, oferecendo um alívio significativo nas filas de espera. 


A crioablação representa um avanço significativo no tratamento do câncer de mama, oferecendo uma alternativa menos invasiva e com resultados promissores. Com a expansão dos estudos e a redução dos custos, espera-se que essa técnica possa ser incorporada ao SUS, tornando-se uma opção acessível para mais pacientes brasileiros.



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